Será que o PCC desembarcou na Bahia?

Terra da alegria, do sincretismo religioso, do carnaval modelo, um dos cartões postais mais visitados do nosso Brasil. Hoje, infelizmente, a bahia começa a se contradizer, ao apresentar para o Brasil e para o mundo seu mais novo "componente": o banditismo. Nós baianos estavámos acostumados a ver esse tipo de violencia no estado do Rio de Janeiro e de São Paulo através da televisão, hoje somos a prova viva que tudo que se transmitia nos diversos canais era a mais pura verdade.
Será que o PCC (Primeiro Comando da Capital) desembarcou na bahia, ou será que os bandidos baianos ao assistirem incessantemente como essa facção criminosa agia no sudeste aprendeu com eficácia como atingir diretamente o governo, causando estragos, e abalando principalmente cargos de grandes autoridades nacionais? Creio que essa pergunta vai ficar no ar, pois as duas possibilidades têm fundamento, e , jamais podem ser deixadas de lado. O governador Jaques Wagner junto com seu secretário de segurança César Nunes tentam não se intimidarem com a forma que os bandidos reagiram a transferência do traficante Claudio Eduardo Campanha para o presídio de segurança maxima de Campo Grande, estado do Mato Grosso do Sul. Que segundo o jornal Tribuna da Bahia, edição do dia 09/09, Campanha é considerado um dos líderes do crime organizado em Salvador. A matéria diz também, que o mesmo é considerado o sucessor Eberson Santos, o Piti, morto em confronto com a polícia no município de Candeias em 2007.
O debate na Câmara dos Deputados e na Assembléia Legislativa sobre a violência em Salvador nesta terça-feira (09/09), rendeu críticas e mais críticas por parte da oposição ao governo de Wagner. Como se esperava, ACM Neto (DEM), disse que tanto o governador quanto o secretário estavam tendo um olhar "complacente e acomodado" sobre a situação. Outro parlamentar o Capitão Tadeu (PSB) disse que entrará com uma ação no MP contra o secretário César Nunes por "negligência na prevenção dos ataques". Respostas daqui, acusações de lá... E nada de soluções. As vezes acredito que a política é sulreal! Pois em meio a tantas barbáries acontecendo ao mesmo tempo em Salvador, os partidários não se unem para solucionar o problema, mas sim, utiliza dessa triste situação para temperar seus futuros discursos políticos em tempos de campanha. As frases que eles usam são mais ou menos assim: - No meu tempo de governo isso nunca aconteceu - outro diz: - Se eu estivesse no cargo isso não teria acontecido! - outros ainda vão mais longe, depositando a culpa agora no povo: - Se o povo votasse na pessoa certa e no partido certo isso não teria acontecido... - E por aí em diante...
A verdade é que, se política não desse tanto dinheiro como dá, não teria tanta gente brigando por ela. Desta forma, todos esses modos anti-éticos dos políticos me deixa extremamente triste! Pois enquanto estamos sofrendo com a violência, nossos representantes estão preocupados em provar uns para os outros quem é o melhor. Diante dessa lamentável realidade, infelizmente tenho que acreditar que realmente o PCC desembarcou por aqui, e com livre acesso, pois nossos políticos estão mais interessados em garanti seus lugares nas eleições de 2010, e não, em como resolver esse vasto problema de ataques a modúlos policiais e ônibus. afinal, se tratando desse ultimo, quem pega o velho buzú: eles ou nós?